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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Oblívio e saudade


Talvez seja melhor mesmo ceder
Trancar as engendras da memória
Ceder toda história, esquecer
e se o sol novamente nascer
não pender pra derrota nem pra vitória
Não é cruel o monstro da amnésia
Ele leva de mim a escória
e no caminho sem volta de uma falésia
jamais voltará a minha história

A lembrança ruim e a boa
São de uma lâmina só gumes
A ruim de ti um dia caçoa
e se o presente do auge dissoa
a boa te conduz à do passado o cume
Mas sabe, ambas no fim cortam fundo
antiga boa lembrança é distante vagalume
Inalcançável como os confins do mundo,
seu conteúdo não há quem exume.

Concluo que escolho a ignorância
assim como seu consequente deleite
se porém dos fatos a inconstância
neutraliza cada minha estância
talvez nesse esquecimento me afeite
Nas profundezas do oblívio
o deleite seria meu azeite
e a inconstância de meu convívio
e finalmente, a ignorância meu enfeite

Max Oda
23/12/2014

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