Eu tenho a plena certeza de que de todas situações em que poderia estar, a presente é a que comparativamente à análise combinatória de todas outras é aquela na qual há a minha maior satisfação pela cooperação em favor de meu próprio bem.
Max - 09-11-09
domingo, 8 de novembro de 2009
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Reflexão e reflexo
Vejo as pessoas mudarem tanto
Que em cinco anos não reconheço,
Uma enorme distinção do começo,
Tão grande perda de encanto.
Extraviam-me os fracos sentidos
a lembrar de como corriam,
chego a duvidar de como ria
com os olhos salgados, ardidos.
Numa tentativa de rumo
Perdeu-se a graça e a pureza.
Tão escassa é a nobreza,
como a fumaça do fumo
Como vale a precaução
Se vã torna-se tal beleza.
Foi bom titubear a ação
À evitar futura tristeza
Max - 26-10-09, pela manhã
sábado, 26 de setembro de 2009
Pedaço
Ao som de: Tears for fears - woman in chains
Foi-se saudoso o meu passado.
Um pouco de mim foi-se junto:
Pedaço vivo, pedaço defunto;
Estou como um ser desossado.
Já não mudo mais de assunto,
O compasso é descompassado,
Desfalece-me o meu conjunto
Com meu coração atravessado.
Saudade da minha felicidade,
Companhia já meio arcaica,
Já não a tenho pela cidade.
Severo é o som da balalaica,
Minha canção sem comodidade:
Vero bailar, tétrica romaica.
Essa minha página pausada
Que teima porém não mais vira,
De todo avesso me revira
E envelhece-se de usada.
Meu âmago de dentro retira,
Escarnece da minha ossada.
Na deserção jogado estira
Meu ser em investida ousada.
Me resta a música, soneto,
Uma bem pungente escritura
como o amargo do cianeto.
Restam-me as alturas das alturas,
Os romantismos de Azevedo
E as alvuras das destras puras.
Max 08/08/09
Ao som de: Tears for fears - woman in chains
Foi-se saudoso o meu passado.
Um pouco de mim foi-se junto:
Pedaço vivo, pedaço defunto;
Estou como um ser desossado.
Já não mudo mais de assunto,
O compasso é descompassado,
Desfalece-me o meu conjunto
Com meu coração atravessado.
Saudade da minha felicidade,
Companhia já meio arcaica,
Já não a tenho pela cidade.
Severo é o som da balalaica,
Minha canção sem comodidade:
Vero bailar, tétrica romaica.
Essa minha página pausada
Que teima porém não mais vira,
De todo avesso me revira
E envelhece-se de usada.
Meu âmago de dentro retira,
Escarnece da minha ossada.
Na deserção jogado estira
Meu ser em investida ousada.
Me resta a música, soneto,
Uma bem pungente escritura
como o amargo do cianeto.
Restam-me as alturas das alturas,
Os romantismos de Azevedo
E as alvuras das destras puras.
Max 08/08/09
domingo, 2 de agosto de 2009
O Julgamento
No tribunal do Senhor adentrei.
Trouxe minha causa e desígnio
Ao onisciente escrutínio.
Pelos portais eternos eu entrei.
Eu vim vazio do extermínio.
Em oração eu me apresentei;
Em jejum, eu não me alimentei:
Julgarás o meu morticínio.
Ainda hoje raiará justiça
Ou que eu seja sepultado
Nas profundidades movediças.
Porque tem o ímpio malvado
Feito minha ruína premissa
Para o seu ganho depravado.
Max - 03 08 09, 00:40
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Morte e enobrecimento
Morte e enobrecimento
Uma coisa faço quando enfurecido;
Sim, eu me lembro da minha morte:
Capciosa espécie de fúnebre sorte.
Encolho-me com franzimento estarrecido.
Uma mágoa, uma tristeza, que importe;
Algum sentimento iroso decíduo.
Logo baixaremos no caixão o porte
Sem de sentimento algum deixar resíduo.
Descerá junto também todo perdão,
Toda chance perdida de reconciliação:
Sepultados com a chance do arrependimento,
Trancados no infinito por alçapão,
Em pecado sorvido, úmido e cruento,
todo consequente do aborrecimento
13 07 09 - Max
Assinar:
Postagens (Atom)